quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Já experimentaram? Gostam? Zen?!

Há uns tempos atrás comentei que tinha saudades de colorir bonecos como quando era criança. Senti saudades de quando me sentava muito calma e serena com um sem número de lápis coloridos à minha frente e passava umas boas horas a pintar desenhos variados. No final ficava orgulhosa, sentia que tinha acabado de conceber uma obra de arte e depois vinha a avó ou o avô, o pai ou a mãe e diziam: "Está tão bonito! Muito bem!" e eu ficava ainda mais cheia de mim e sentia que tinha feito um bom trabalho. Tão simples que era fazer algo grandioso naquela altura!


Nos últimos tempos, não por sentir falta de ser elogiada por fazer pouco, tive saudades de voltar a colorir. Para além disso, não sou grande fã de televisão, portanto essa não é uma boa solução para relaxar no final do dia. Tocar piano está fora de questão, pois gosto muito do sítio onde vivo e quero evitar ser despejada. Tricotar é algo que gostava muito de fazer, mas ainda não ganhei coragem para aprender essa arte que tanto admiro. Ler nem sempre é opção, pois o cansaço obriga-me a ler a mesma linha umas trinta vezes até que desisto. Por isso, voltar a colorir pareceu-me uma excelente ideia, visto que fazer os meus próprios desenhos ou pinturas se tornaria, rapidamente, um frustração!
Parti então por aí, como uma criança que vai às compras escolher a sua prenda de anos e fui procurar um livro para colorir. Dei de caras com aqueles livros infantis e achei que se tornaria cansativo e enfadonho de tão simples que seria. Procurei mais, até que encontrei este livro!!!


Agora vocês dizem: "Oh Rita vives em que mundo? Só agora é que descobriste isso?" e eu vou ter de vos responder que sim, só agora é que descobri esta maravilha. Talvez a maternidade me tenha deixado pouco tempo para este tipo de descobertas, mas a verdade é que só agora fiquei a saber que isto existe e fiquei feliz!!!
Para começar, o nome agradou-me e os desenhos pareceram-me giros, senti que quando acabasse, iria ter a ilusão de ter feito uma obra de arte, tal como quando era criança.
Cheguei a casa e peguei logo nos meus lápis de cor para pôr mãos à obra e rapidamente me questionei sobre o título. Anti-stress? Zen? Cada vez que o lápis sai fora da linha e pinto o que não devo, sinto-me louca! Vocês não ficam furiosos quando o lápis sai para fora do contorno e estraga tudo? Apetece-me fazer como quando era pequena, arrancar a folha e começar de novo, mas como já cresci um bocadinho, tento contornar a situação. Talvez o livro não seja por si só anti-stress, mas sim um caminho para conseguir controlar o stress.


Independentemente de ficar fora do sério quando não pinto tudo certinho e bonitinho, a verdade é que estou a gostar de me sentir pequenina outra vez. Agora o livro de colorir anda comigo para todo o lado e que jeito que dá quando temos de fazer tempo nas salas de espera dos consultórios, quando vamos à segurança social ou às finanças e até para ir passear ao final do dia num jardim e colorir um bocadinho.
Por mim está aprovado. E vocês já experimentaram? Gostaram?


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