quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Até já!

Passaram-se dois dias em que não escrevi. Não escrevi por não ter o que dizer e agora escrevo para dizer que não sei o que escrever. Nem sempre podemos estar cheios, nem sempre podemos estar carregados de sentimentos e de emoções para partilhar. Por vezes, é preciso darmos descanso ao nosso pensamento para que ele possa crescer outra vez. Eu precisei destes dois dias e talvez até precise de mais alguns, ou talvez não. Não há problema em precisar de tempo, muito pelo contrário. Há sim problema quando achamos que podemos contrariar o tempo, quando achamos que podemos viver sem nos darmos tempo para que o tempo nos permita ter tempo de sermos outra vez. Eu às vezes preciso desse tempo.

Autoria da imagem: Carla Francesca Castagno

Por vezes sabe bem andar mais leve, mais vazio. Há momentos em que me sinto menos cheia do que é costume. Sou intensa nos meus pensamentos e emoções e por vezes, preciso de respirar. Preciso, apenas, de respirar fundo para depois poder regressar a mim, para poder regressar há imensidão de sensações que deixo viver dentro de mim. Só sei viver intensamente, no que é alegre e no que é triste. Só sei viver por inteiro. Não gosto de estar apenas de passagem. Mas às vezes é preciso deixar-me passar, para mais tarde me poder entregar. Nem sempre é fácil encontrar esse equilíbrio e por isso estou-me a dar tempo.
Até já.


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