sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Obrigada a todos! Admiro a vossa coragem!

Saber pouco mais do que cinco acordes na guitarra, decidir-me a compor umas músicas e ainda querer que me ouçam, é abusar um bocado da vossa paciência!!! Ainda assim, obrigada a todos os corajosos que por aí andam!!!


Não sei se isso vos anima ou não, mas a verdade é que me têm incentivado a continuar.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Eu deixo a minha filha chorar!

É verdade, eu deixo a minha filha chorar!!!
Nasceu a chorar, eu diria até melhor, nasceu a berrar. No entanto, mal se ouvia. O esforço visível na sua expressão, não correspondia, de maneira alguma, ao volume dos seus mini berros. Foi o dia mais doloroso e ao mesmo tempo, o mais feliz da minha vida. Pus a minha filha no mundo! Ah granda mulher! Mas voltando ao assunto, ela nasceu a chorar e eu, logo nesse primeiro dia, deixei-a chorar. Ela andava de um lado para o outro, de colo em colo, de enfermeiro para enfermeiro, do pai para um outro enfermeiro e eu estava ali deitada, a sorrir, mais feliz do que nunca e a deixá-la chorar, até que a pousaram no meu colo e ela parou de chorar. Sentiu-se em casa e ficou calma e eu nesse dia soube que ia deixar a minha filha chorar. Parece-vos estranho? Estão com vontade de me atirar pedradas? Pois então, atirem! Eu deixo a minha filha chorar. Ainda na maternidade, quando chorava, eu deixava-a chorar e depois quando chegámos a casa, a mesma coisa. Até hoje, eu deixo-a chorar. De noite, quando não consegue dormir, eu deixo-a chorar. De dia quando não quer comer, eu deixo-a chorar. Quando vê alguém estranho e fica assustada, eu deixo-a chorar. Há quem concorde comigo e há quem diga que eu faço muito mal. Mas eu é que sei  o que é melhor para ela e então deixo-a chorar.
De noite, quando não consegue dormir, corro até ela, dou-lhe a mão e se for preciso pego-a ao colo e deixo-a chorar. De dia, quando não quer comer, brinco com ela, faço macacadas, monto um circo e deixo-a chorar. Quando vê alguém estranho e fica assustada, pego nela ao colo, abraço-a com muita força, encho-a de beijinhos e deixo-a chorar.
Sempre que ela chora, dou-lhe o meu colo, dou-lhe o meu abraço, dou-lhe o meu corpo, dou-lhe a minha alma, dou-lhe o meu carinho, dou-lhe a minha força, dou-lhe a minha atenção, dou-lhe o meu amor, dou-lhe tudo o que tenho e ainda arranjo mais para lhe dar, e deixo-a chorar.
Deixo-a sempre chorar porque não tenho outra hipótese. Deixo-a chorar porque ela vai chorar e porque tem de chorar. Deixo-a chorar porque, independentemente do que eu possa fazer, mais tarde ou mais cedo, ela acaba por chorar. No entanto, dou-lhe uma certeza, é que sempre que ela chorar eu vou estar lá e no que depender de mim, ela não vai chorar.



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Petição contra tudo o que chateia os bebés!

A chuva desapareceu e eu desapareci com ela. Não me levem a mal, não me esqueci de vocês.
Seria bom se vos dissesse que aproveitei os dias de sol para ir passear e que por isso, esqueci-me de escrever para quem gosta de me ler, mas não foi o que aconteceu. Infelizmente, não tenho andado a aproveitar o sol, muito pelo contrário. Os dias têm sido passados em casa a ver o sol lá fora a chamar por mim e bem que ele tem chamado!!! Mas eu não lhe passei cartão, embora me tenha apetecido dar-lhe mais atenção, para que ele não se chateie e principalmente, para que não se vá embora. Mas não consegui mesmo. Os dias de chuva que deram lugar ao sol, não deram tréguas à minha cachopa e lá tive de substituir os passeios no jardim pelas brincadeiras em casa.
Começou por acordar ranhosa, depois veio a tosse, depois veio a febre e por fim anunciou-se a bronquiolite, a maldita bronquiolite!
Não fui mãe por acaso, fui mãe porque quis. Foi uma decisão pensada e bem ponderada. Sabia que teria de abrir mão de algumas coisas para poder embarcar nesta aventura. Sabia que haveriam fases mais difíceis que outras, mas senti-me preparada. Sabia que ia ter momentos de desespero, mas decidi arriscar. Sabia que era tudo o que queria e nunca existiram "mas" para esta vontade.
Agora que sou mãe, sinto-me cada vez mais confiante e mais capaz. Sinto o meu coração a crescer todos os dias e a minha vontade de amar a tomar cada vez mais conta de mim. Mas agora que sou mãe, descobri também, que há alturas em que preferia que me arrancassem a cabeça do que ver a minha cogumela doente por um minuto!!! Pronto, arrancarem-me a cabeça também não, mas custa tanto, mas tanto, vê-la doente!!!Devia ser proibido os bebés ficarem doentes! Devia ser proibido os bebés sentirem dor, por mais pequenina que ela seja. Acordar de manhã e dar com ela a tentar chorar sem conseguir e a querer falar sem poder, foi horrível. Já não basta o massacre que é a abominável bronquiolite e ainda teve o descaramento de roubar aquela voz fofinha que tanta felicidade me dá!
Os bebés deviam estar sempre cheios de saúde e bem dispostos. Os bebés não deviam poder ficar constipados, nem ter dores de dentes. Já que estão na moda as petições, devíamos fazer uma para que os bebés passem a ser imunes a tudo o que os chateia! Que tal?